domingo, 2 de setembro de 2007

Apresentação

Este blog sobre transgênicos foi desenvolvido pelos acadêmicos Cesar Dickow e Higor Butzke, do Curso de Engenharia Agrícola, da UNISC-Universidade de Santa Cruz do Sul, como atividade de pesquisa acadêmica.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Introdução

Conforme John Fagan, na obra “Avaliando a Segurança e a Qualidade Nutricional dos Alimentos Transgênicos”, página 5, o uso das técnicas de DNA recombinante ou engenharia genética expande a gama de características possíveis de serem incorporadas nos organismos que produzem alimentos. Este procedimento envolve a introdução de novos genes – nova formação genética – em um organismo produtor de alimento. A intenção é conferir ao organismo geneticamente modificado (OGM) características novas desejáveis, não encontradas originalmente no organismo não-modificado.

O que são os transgênicos?

Fonte: http://biorege.weblog.com.pt/arquivo/milho%20injectado%20-%20transgenicos.jpg

De acordo com o site (http://www.esplar.org.br/publicacoes/trasngenicos.htm), os organismos geneticamente modificados (OGMs), ou transgênicos, são aqueles que tiveram genes estranhos, de qualquer outro ser vivo, inseridos em seu código genético. O processo consiste na transferência de um ou mais genes responsáveis por determinada característica num organismo para outro organismo ao qual se pretende incorporar esta característica.

Como dizem os autores Franco Maria Lajolo e Marília Regini Nutti, na obra “Transgênicos: Bases científicas da sua segurança”, página 19, as chamadas plantas transgênicas são aquelas que tiveram introduzido entre seus genes um novo gene ou fragmento de DNA, pelo processo do DNA recombinante ou engenharia genética.

Quando surgiram os primeiros transgênicos?

Como diz no site(http://educaterra.terra.com.br/almanaque/miscelanea/transgenicos_03.html), as primeiras plantas transgênicas, ou seja, obtidas por engenharia genética, começaram a ser testadas em campo no início da década de 80.
Ainda no site (http://educaterra.terra.com.br/almanaque/miscelanea/transgenicos_03.html) relata-se que os estudos em biotecnologia se desenvolveram a partir do final do século 18 e do início do século 19. Mas já na Antigüidade o homem utilizava microorganismos para fazer pão, cerveja e vinho. Este é o início da utilização de microorganismos para criar novos e diferentes alimentos. A partir do século 19, com o progresso da técnica e da ciência, especialmente da microbiologia, aconteceram grandes avanços na tecnologia das fermentações.
Conforme o site (http://educaterra.terra.com.br/almanaque/miscelanea/transgenicos_03.html), no Brasil, a primeira planta transgênica foi produzida em 1986 pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Nenhuma notícia sobre estas plantas, muito provavelmente as primeiras produzidas na América do Sul, foi veiculada nos jornais.

A polêmica

De acordo com o site (http://pt.wikipedia.org/wiki/Transgênicos), atualmente existe um debate bastante intenso relacionado à inserção de alimentos geneticamente modificados (AGM) no mercado, que têm implicação direta na saúde humana. Alguns mercados mundiais, tais como o da Europa e do Japão, rejeitam fortemente a entrada de alimentos com estas características. Esta polêmica divide não só autoridades, mas também a comunidade científica, visto que a ciência não tem informação suficiente para isentar os transgênicos de efeitos colaterais negativos na delicada fisiologia humana. "Ainda não se testaram todos os efeitos colaterais que um transgênico pode ter nem o impacto que os transgênicos podem ter na natureza".

Fonte: http://www.jardimdeflores.com.br/ECOLOGIA/GIFS/A09transge1.gif

Quem produz transgênicos e para quê?

Fonte: http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas_sesc/pb/images/pb14Transgenicos.jpg

Conforme o site (http://www.syntonia.com/textos/textosnatural/textosagricultura/apostilatransgenicos/quemproduz.htm), as empresas multinacionais que hoje dominam a produção de transgênicos eram originalmente especializadas em produtos químicos e farmacêuticos, muitas delas, como a Monsanto, produtoras de inseticidas, herbicidas e fungicidas. Seu objetivo na pesquisa de transgênicos é, muitas vezes, favorecer a venda de seus próprios agrotóxicos. A soja Roundup Ready foi desenvolvida para ser resistente ao herbicida Roundup, sendo que ambos são produzidos pela Monsanto. Este tipo de empresa se preocupa mais com os lucros de seus acionistas do que com o interesse público e, para garantir o emprego de suas poderosas e perigosas armas tecnológicas, conta com a subserviência dos poderes públicos.

Vantagens dos transgênicos

Segundo o site (http://www.websitesaude.kit.net/transgenicos.htm), a utilização de transgênicos traz 3 grandes vantagens. São elas:

1 - O alimento pode ser enriquecido com um componente nutricional essencial. Um feijão geneticamente modificado por inserção de gene da castanha do Pará passa produzir metionina, um aminoácido essencial para a vida. Um arroz geneticamente modificado produz vitamina A;

2 - O alimento pode ter a função de prevenir, reduzir ou evitar riscos de doenças, através de plantas geneticamente modificadas para produzir vacinas, ou iogurtes fermentados com microorganismo geneticamente modificados que estimulem o sistema imunológico;

3 - A planta pode resistir ao ataque de insetos, seca ou geada. Isso garante estabilidade dos preços e custos de produção. Um microorganismo geneticamente modificado produz enzimas usadas na fabricação de queijos e pães o que reduz o preço deste ingrediente; Sem falar ainda que aumenta o grau de pureza e a especificidade do ingrediente e permite maior flexibilidade para as indústrias;

Desvantagens dos transgênicos

Fonte: http://bragatel.pt/attac.braga/images/loja/autocolante_transgenicos_nao_obrigado.gif


1. Somente poucos laboratórios têm os dispendiosos equipamentos e reagentes e pesquisadores capazes de obter organismos transgênicos com toda a segurança requerida pela Lei de Biosegurança, fiscalizada pela Comissão Nacional Técnica de Biosegurança CTNBio;

2. Após a obtenção do organismo transgênico, segue-se a fase mais longa e dispendiosa, de cinco ou mais anos, e milhões de dólares para selecionar e desenvolver o produto. Somente Empresas têm arcado com os custos necessários para lançar novas plantas transgênicas;
3. Apesar de todas as precauções as pessoas leigas, ou mesmo pesquisadores de áreas afins, temem que possam existir inconvenientes no futuro;

4. Apesar de serem as transgênicas cultivadas em 39,9 milhões de hectares e consumidas por milhões de pessoas há mais de dez anos sem inconvenientes, é fácil para organizações leigas assustar, sem provas, os consumidores submetidos a propagandas movidas a milhões de dólares. O público amedrontado paga essas organizações para ser "informado";

Principais produtores de transgênicos

Fonte: http://www.mundovestibular.com.br/materias/imagens/11mapa.gif

Segundo o site (http://br.geocities.com/mcrost06/transgenicos_03.htm), até o final deste ano, segundo estimativa do International Service for the Acquisition of Agri-biotech Applications (ISAAA), haverá mais de 40 milhões de hectares plantados, sendo significativo notar que, em 1990, não havia plantações comerciais de espécies transgênicas. Nos Estados Unidos, por volta de 55% da soja, 50% do algodão e 40% do milho plantados na atualidade são geneticamente modificados. A Argentina, vizinha e importante parceira comercial do Brasil, é a segunda maior produtora mundial de alimentos geneticamente modificados.

Rotulagem dos alimentos transgênicos

Fonte: http://ctc.fmrp.usp.br/casadaciencia/bibliotecas/imagens/grupos/transgenicos.jpg

Como diz John Fagan, na obra “Avaliando a Segurança e a Qualidade Nutricional dos Alimentos Transgênicos”, página 31, em contraste com a União Européia e muitos outros países Europeus, a FDA dos EUA não exige a rotulagem de alimentos transgênicos. De acordo com a FDA, a rotulagem é exigida somente se o alimento transgênico é considerado como não sendo substancialmente equivalente a sua contraparte tradicional.